terça-feira, 30 de novembro de 2010

As hipocrisias do Instituto da Droga e da Toxicodependência


O Instituto da Droga e da Toxicodependência, parece dar a ideia de estar muito preocupado com o consumo excessivo de álcool em Portugal.
Olhando para as notícias sobre o assunto, reparamos que são as tretas do costume, muito preocupados com o consumo excessivo; necessidade de alterar comportamentos; mudança de consciência dos profissionais da restauração, dos pais e dos jovens; assinatura de uma carta de compromisso do Fórum Nacional Álcool e Saúde; tudo isto somado significa ZERO.
Se estes senhores estivessem realmente preocupados com o consumo excessivo de álcool em Portugal, que é o maior problema de saúde pública do país, a primeira coisa que fariam seria, proibir a publicidade ao álcool e não permitir que bebidas alcoólicas patrocinassem eventos, à semelhança do que fizeram com o tabaco.
Enquanto não tiverem a coragem de acabar com esta vergonha dos patrocínios, a clubes de Futebol, Selecção Nacional, Festivais, Queimas das Fitas, etc etc, poupem-nos a essas encenações de má qualidade, pois o assunto é demasiado sério, para ser tratado com essa leviandade.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Os avisos de Marcelo!

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou, e bem, que a "união" entre a CGTP e a UGT, na greve geral, foi um sinal para um eventual governo de centro-direita.
É evidente que um governo do PSD, com ou sem o CDS - que será um erro, a acontecer -, contará com o combate, na rua, das centrais sindicais e dos partidos de esquerda.
Por isso, os militantes do PSD, que estão sequiosos de ir para o poder, não pensem que uma vitória de Passos Coelho será o "paraíso" na terra prometida, apesar de esta se encontrar exaurida.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A TVI é uma vergonha!

Chama-se "Agora é que conta", passa na TVI" e é apresentado por Fátima Lopes. O programa começa com dezenas de pessoas a agitar uns papéis. Os papéis são contas por pagar. Reparações em casa, prestações do carro, contas da electricidade ou de telefone. A maioria dos concorrentes parece ter, por o que diz, muito pouca folga financeira.
E a simpática Fátima, sempre pronta a ajudar em troca de umas figuras mais ou menos patéticas para o País poder acompanhar, presta-se a pagar duzentos ou trezentos euros de dívida. "Nos tempos que correm", como diz a apresentadora - e "os tempos que correm" quer sempre dizer crise -, a coisa sabe bem. No entretenimento televisivo, o grotesco é quase sempre transvestido de boas intenções.
Os concorrentes prestam-se a dar comida à boca a familiares enquanto a cadeira onde estão sentados agita, rebolam no chão dentro de espumas enormes ou tentam apanhar bolas de ping-pong no ar. Apesar da indigência absoluta do programa, nada disto é novo. O que é realmente novo são as contas por pagar transformadas num concurso "divertido". Ao ver aquela triste imagem e a forma como as televisões conseguem transformar a tristeza em entretenimento, não consigo deixar de sentir que esta é a "beleza" do Capitalismo: tudo se vende, até as pequenas desgraças quotidianas de quem não consegue comprar o que se vende.
Houve um tempo em que gente corajosa se juntava para lutar por uma vida melhor e combater quem os queria na miséria. E ainda há muitos que não desistiram. Mas a televisão conseguiu de uma forma extraordinariamente eficaz o que o séculos de repressão nem sonharam: pôr a maioria a entreter-se com a sua própria desgraça. E o canal ainda ganha uns cobres com isso. Diz-se que esta caixa mudou o Mundo. Sim: consegue pôr tudo a render. Até as consequências da maior crise em muitas décadas.
Entretanto a apresentadora recebe 40.000€ por mês. Foi este o valor da transferência da SIC para a TVI. Uma proposta irrecusável segundo palavras da própria.

1 de Dezembro - o dia do FMI

Vitor Fonseca pergunta, e bem,  se o FMI deve vir antes ou depois do Natal. Em minha opinião deveria vir a 1 de Dezembro, dia da Restauração da Independência. Quem sabe não nos tornaríamos novamente um país independente!!!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O FMI vem antes ou depois do Natal? Com ou sem "prendinhas"?

A grande dúvida que se coloca, agora, é se o FMI virá a Portugal, antes ou depois do Natal. Se virá de trenó ou num moderno avião. Se trará umas "prendinhas" ou se virá com uma "marreta" para nos dar na cabeça.
Porque, das duas uma, ou isto vai lá a bem, ou termina mal. Será que ainda não perceberam isso?

domingo, 21 de novembro de 2010

O Papa, a Igreja e o preservativo

O Papa Ratzinger é considerado um dos Papas mais conservadores da história da Igreja, tendo em consideração as suas "origens" de prefeito da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé. Foi esse o motivo pelo qual a sua declaração de abertura ao uso do preservativo, em determinadas circunstâncias, causou tanto espanto.
Mas, se atentarmos às últimas intervenções do Papa, talvez se compreenda que, por estar à vontade quanto à sua ortodoxia é que se pode dar ao "luxo" de temperar posições conservadoras com algum abertura, que constitui a tentativa da Igreja para não perder o tempo de mudança. Da inexorável mudança que vai afastando, cada vez mais, as pessoas da Igreja Católica, Apostólica, Romana.

sábado, 20 de novembro de 2010

A recriação da AD é um erro.

Pedro Passos Coelho e Paulo Portas vão estar juntos, pela primeira vez, na cerimónia de evocação dos 30 anos sobre o desastre de Camarate, que se realiza no próximo dia 4 de Dezembro, em Lisboa.
A três semanas do evento, e para que não se diga que escrevo em cima do acontecimento, convém esclarecer duas ou três questões: Pedro Passos Coelho não é Sá Carneiro, Paulo Portas não se aproxima nem de perto de Amaro da Costa - uma vez que Freitas do Amaral não serve de termo de comparação, tantas as "voltas" que deu, desde esse tempo - e a reformulação da AD, com base nestes dois dirigentes políticos, estaria, inevitavelmente, condenada ao fracasso. Se por um lado, Passos Coelho poderia conviver no mesmo espaço de Sá Carneiro, estou convicto que Amaro da Costa não quereria ouvir falar de Paulo Portas, muito menos tê-lo por perto. Logo aqui, os princípios fundadores da AD não se poderiam cumprir. Por outro lado, não sei se repararam, mas o Mundo mudou nos últimos trinta trinta anos. Desde a alteração provocada pela queda do Muro de Berlim, até à globalização, passando pela crise económico-financeira dos dois últimos anos, o que coloca novos desafios à política e aos governos.
A recriação da AD, com o objectivo único de criar uma maioria parlamentar de suporte a um governo - com Paulo Portas e Passos Coelho - teria mais dificuldades de sobrevivência do que um governo de maioria do PSD.
Os partidos devem ser claros no que querem e ao que vêm. O PSD, no actual contexto português só pode ter um objectivo ganhar as eleições com maioria absoluta. Caso não lance esse desafio ao eleitorado, e se refugie numa coligação com o PP de Portas, pode ganhar, mas será uma vitória de Pirro.
E, com a certeza de que se o PSD não lançar este desafio de uma maioria para governar o País, o Partido Socialista não hesitará em o fazer.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O voto, verdadeiramente proporcional e outras questões laterais

O Fernando Vaz das Neves avançou com uma proposta verdadeiramente arrojada e de ruptura constitucional que poderia marcar o ponto de viragem na representação proporcional da vontade dos eleitores e obrigar a uma mudança, efectiva e real, da vida política. Iremos voltar a ela, com tempo e com algum detalhe.
Por agora o que importa é que o Mundo tem os olhos em Portugal e que, numa cimeira em que as grandes questões já estarão resolvidas, importa saber quais as consequências práticas para a Europa e o Mundo.
Nós por cá estamos com algumas dúvidas metódicas quanto a uma solução concreta para a situação explosiva que se vive e receamos que a plasticidade desta cimeira seja ainda mais artificial do que é tradicional. Porque o Mundo está em mudança e algumas das personalidades que, aparentemente, mandam nele, fingem que as águas estão paradas. O pior é que as águas paradas ficam estragadas e infectas.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

E se os Votos em Branco elegessem cadeiras vazias?!!!

Um dos temas de que mais se fala em Portugal é a questão da reforma do sistema político. Fala-se, encomendam-se estudos atrás de estudos, gastam-se milhares de euros e nada muda. Como se costuma dizer: " Tudo como dantes quartel general em Abrantes".
Nós Por cá lançamos uma ideia. Os Votos em Branco deveriam servir para eleger cadeiras vazias na AR. Assim, os votos nos partidos elegeriam os deputados desses partidos e os votos em branco elegeriam cadeiras vazias, representando as pessoas que tivessem votado em branco, por não se reverem em nenhum dos candidatos. Apenas por uma questão de representatividade!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O debate da vergonha

Confesso que não tinha intenção de escrever sobre o espectáculo deprimente a que assisti, ontem, durante cinco minutos, na RTP, sobre uma coisa que se chamou debate entre os candidatos a Bastonário da Ordem dos Advogados.
Mas a Niza Ribeiro publicou um artigo que não me deixou indiferente e que me motivou a entrar no tema, apesar de não ter conseguido assistir a mais de cinco minutos daquilo.
Organizei, enquanto coordenador de uma revista jurídica, dois debates entre Laureano Santos, Carlos Candal e José Miguel Júdice ( um no Porto e outro em Lisboa), que tiveram dignidade e um elevado tom.
Nas eleições seguintes, em que concorreram João Correia, Marinho Pinto e Rogério Alves, voltei a organizar um debate, no Porto, o qual, apesar de "duro", não deixou de ter dignidade.
Ontem, pelo que vi e pelo que li, o debate desceu ao grau zero da dignidade e os advogados ficaram a perder.
O mais grave é que, num tempo conturbado como o que vivemos, com a sociedade numa profunda crise económica e social e em que os valores já partiram para longes terras, a Ordem dos Advogados, a Magistratura Judicial e o Ministério Público deveriam ser referências para que não se afunde tudo.
Infelizmente, a ânsia e a ganância do negócio, levaram o debate para uma luta fratricida, sem princípios e com um fim anunciado: o da degradação da imagem dos advogados.
Apesar de o voto ser obrigatório, os advogados, que têm o poder de escolher o Bastonário, devem reflectir sobre o que se passou e retirar as devidas consequências.

AFINAL QUEM VAI PAGAR A CRISE???

Entre um juíz que vai reduzir em duas horas o seu horário de trabalho perante o corte salarial, e a Caixa Geral de Depósitos que quer ficar fora das medidas de austeridade por temer uma fuga pra privada (?!) quem é que vai ser incluido no corte dos 5%? As excepções começam a ser regra.
Quanto a mim vou já avisando o meu Director: a partir de Janeiro só trabalho até às 15h. Ou hà moralidade ou comem todos. Caso contrário vou dar pareceres para a o sector privado!
Os bons exemplos são para serem seguidos!

O MERCADO DA JUSTIÇA

Um espectáculo triste, degradante com que a RTP1 nos brindou ontem à noite no programa Prós e Contra! Estou em crer que uma rixa num mercado dificilmente será mais colorida e animada. Não aguentei até ao fim por isso desconheço se terão chegado às vias de facto. Mas de factum ficou provado o estado miserável da nossa justiça. E um País onde não se pode confiar na Justiça é um país podre. A cair de podre!!!Pobre Pátria mal amada!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

De novo o BPP

O Ministério Público anda em cima do BPP, e de alguns escritórios de advogados, por causa dos negócios que levaram à insolvência do Banco.
Vamos ver o que é que isto vai dar. Estou com imensa curiosidade.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

E agora Teixeira dos Santos!!!!!

Em Outubro, o Ministro de Estado e das Finanças Teixeira dos Santos, admitiu que, se os juros cobrados a Portugal se aproximassem dos 7%, teríamos de recorrer ao FMI. Hoje, 9 de Novembro, os juros ultrapassaram os 7% tendo vindo, o Ministro da Economia, rejeitar uma intervenção do FMI desautorizando, deste modo, o Ministro de Estado e das Finanças.
Perante esta situação resta, a Teixeira dos Santos, uma de duas soluções: Ou é coerente e pede a intervenção do FMI ou, perante esta desautorização pública de que foi alvo, se demite e não compactua mais com esta situação.
Nós Por Cá, aguardamos para ver!!!!

domingo, 7 de novembro de 2010

Pensamento do dia

Se o Sr. Manuel Godinho tivesse feito uma PPP, tinha conseguido os mesmos objectivos com a vantagem de não estar preso!!!

sábado, 6 de novembro de 2010

O Plano Inclinado

Hoje valeu a pena ver o Plano Inclinado, na SIC Notícias, por dois motivos: Medina Carreira desestruturou o Bloco Central, na presença de um dos seus criadores, e o criador não conseguiu justificar a sua criação.
A outra razão para ter valido a pena assistir ao programa passa pelo o facto de Medina Carreira ter comprovado que não anda distraído e que está profundamente inteirado dos "meandros da pequena política".
Mais uma vez, aqui, desmontou um dos especialistas na matéria, sem dó, nem piedade, e com aquele sorriso de grande senhor, que alguns pensam ser de "loucura", mas que é, mesmo, o reflexo crítico da nossa sociedade.

Prémio Sensibilidade e Bom Senso



Sem dúvida alguma o que o País mais precisa!!!


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Portugal, a China e uma nova ordem Mundial

Amanhã chega a Lisboa o Presidente da República Popular da China, numa visita histórica, que poderia, ou deveria, marcar uma viragem nas relações económicas com um dos "novos senhores do mundo".
Eu sei que a China viola os direitos humanos, tal como outros países com quem temos relações económicas e que, a maioria daqueles que mais clama contra a violação dos direitos humanos são os que têm relações económicas mais estreitas com o gigante da Ásia.
Por outro lado tenho uma vantagem, nunca fui simpatizante, nem militante do MRPP, nem sou do PCP, que entende ser a China um dos últimos baluartes do comunismo, apesar da adopção do conceito "dois sistemas um País" e o consumismo desenfreado, a par do capitalismo selvagem, dominar a super-estrutura do poder na China.
Por isso, esta visita poderia ser histórica se o Governo Português tivesse capacidade para convencer aquele País a comprar a nossa dívida soberana, com um juro simpático.
Esta operação, a acontecer, constituiria um abalo no mercado especulativo e ensinaria a Europa a pensar a União Europeia de outro modo, abrindo caminho a um novo paradigma em que a Alemanha e a França seriam obrigadas a pensar que se abria o caminho para uma nova ordem Mundial, caso persistissem em manter os seus interesses acima dos interesses dos seus parceiros europeus
Ao mesmo tempo, permitiria a Portugal ter a oportunidade para perceber que ou muda de vez, ou nem a China nos vale.

Europa Federal?

A Mané defende e anseia pela Europa Federal. Até poderá ser uma saída, com a criação de uma "Aldeia Gaulesa" ou "resort" de diversão neste rectângulo à beira-mar plantado. Para que os europeus viessem ver, e aprender, como não se governa um País - ou será um estado federado ou uma região? - mas não passaríamos disso. Porque ou mudamos, e mudamos mesmo, ou seremos, sempre, o resto da Europa.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

QUE SE CONSTRUA A EUROPA!

Sob pena deste blog se transformar numa tertúlia a três, deixem-me que vos diga que concordo com os meus dois companheiros de escritas e desabafos  e discordo de ambos!
Portugal existe na sua essência, está bem de ver! Mas ao alienar parte da sua soberania em prol duma Europa deixou de ter a autonomia para se estruturar de acordo com a uma  politica interna e muito menos com uma política externa próprias.
A obdiência a quotas de produtividade que nos anos 80 e 90, reduziram o nosso tecido agrícola e pecuário; a integração num espaço de livre circulação de pessoas e bens, trouxe a par das rosas, também os respectivos espinhos.
Concordo com o VF quando afirma que temos que ser nós a encontrar a  própria solução mas não posso deixar de concordar com o FVN quando afirma que a solução terá que vir do exterior. É que estamos neste momento numa plataforma dupla: por um lado o superior interesse do Estado, da Nação e por outro as imposições da Europa face à tirania dos mercados e da alta finança.
Se um dia já fui eurocéptica, tendo passado a euro expectante, neste momento confesso-me euroaflita!!
Sejamos sérios: Construamos uma Europa federal. Não podemos ter  o sol na eira e a chuva no nabal como pretendem os grandes europeus. A solidariedade europeia tem que ser uma realidade e ela só será passivel de ser atingida com um governo federal.  Não existe outra hipótese! E digo-o com mágoa!

A solução externa

O FVN defende que a solução para Portugal terá de ser externa. Infelizmente, ao longo dos tempos, foi sempre essa a forma de Portugal sair da "vil tristeza" em que se encontrou, em determinados períodos da nossa história.
Mais uma vez, agora, somos um País dependente, humilhantemente dependente, consumista, a navegar sem rumo, sem "homem do leme" ( que na verdade nunca tivemos) e à beira do abismo.
Porque embirro com todos os que apenas se limitam a dar uma opinião derrotista da situação, defendo uma mudança. E essa mudança é tão simples que só não a vê quem não quer ver: a profunda reforma da estrutura do Estado fascista, sobre a qual ainda se gere o País e a reforma do sistema político, com redução do número de deputados, de vereadores, de municípios, de freguesias. A par de uma controlo rigoroso das despesas do Estado, dos gastos intermédios e da despesa corrente em detrimento da despesa de investimento e da criação de condições - não de esmola ou subsídios - para um sector privado forte e dinâmico.

A solução para Portugal!!!

Se calhar é mesmo melhor nascer outra vez... começar de novo...

Nós Por Cá Avisamos II

Depois das notícias do dia 3 de Novembro, não serem as melhores para Portugal, vejamos o que temos  dia 4 de Novembro de 2010: "Juros da dívida Nacional atingem máximo Histórico"(6,66%), isto no dia seguinte à aprovação do OE. O OE foi aprovado com base no acordo PS/ PSD que nós, aqui,  dissemos não ser o melhor para responder aos mercados financeiros.
Há quem diga que se atingirem os 7% o FMI entra em Portugal.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Nós Por Cá avisamos!!!

No dia 1 de Novembro especulamos, aqui, que o (DES)acordo celebrado, entre o PS e o PSD, não nos parecia ser o melhor para  responder aos mercados internacionais.
Nós Por cá, não nos regozijamos de ter sido lúcidos.

A realidade que os políticos escondem


Um dos males que Portugal enfrenta, de há muitos anos para cá, é o facto de a classe política não assumir a verdadeira dimensão das coisas e ter por hábito, varrer para debaixo do tapete, na esperança que ninguém descubra o que realmente se passa.

Nós Por Cá somos de opinião que os Portugueses devem saber a verdade. Saber a verdadeira situação do país. Nesse sentido, tomamos a liberdade de publicar o paragrafo que se segue, que  é  o comentário de um amigo a um texto publicado e que mostra a verdadeira realidade do país e aquilo que a classe política anda, no meio de acordos e (DES) acordos, a tentar esconder do todos nós.

O que assusta mais é um deficit de 7,2 com o fundo de pensões da PT, e 4,6% para o ano. E a continua falta de sensibilidade para o facto de divida externa a 140% do PIB + déficit público + déficit das contas externas, continuar a ser aumentar a espiral de endividamento externo. E que vão ser necessários 20 anos de saldos externos positivos à volta dos 10% para pagar a dívida mais juros. E que todas as reservas de ouro no Banco de Portugal pagam um ano de déficit...”

Esta é a verdadeira realidade do país, aquilo que nos andam a esconder…

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Alguém me explica a lógica deste (DES)acordo Orçamental?!!!

Por muito que me esforce, não consigo perceber a lógica deste Orçamento do Estado, nem deste acordo assinado entre PS e PSD. Apresentado como um OE rigoroso, um Orçamento de austeridade, no qual eram pedidos sacrifícios adicionais aos portugueses, com objectivo de cumprirmos os nossos acordos internacionais e chegarmos ao final de 2011 com um deficit de 4,6%.
Aliás foi este valor que levou à ruptura das primeiras negociações tendo, o Ministro das Finanças, afirmado ser inflexível neste objectivo. Lembremo-nos que o acordo falou por 141 milhões.
Pretendia-se, assim, responder com firmeza aos mercados internacionais e tentar evitar a entrada do FMI em Portugal.
Após nova ronda negocial, PS e PSD chegam finalmente a um (DES)acordo que permite a viabilização do OE. E o que no diz esse (DES)acordo?!! Que são necessários mais 500 milhões. Voltemo-nos a lembrar que o anterior acordo falhou por 141 milhões.
Ora deste brilhante (DES)acordo, Nós Por cá, como não percebemos nada de política, especulamos. Tal como diz o Ministro, serão necessárias medidas adicionais (PEC IV a caminho?); não nos parece ser a melhor forma de responder aos mercados internacionais e, pelos vistos, a preocupação foi, apenas, adiar por uns tempos a entrada do FMI em Portugal.