sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Portugal, a China e uma nova ordem Mundial

Amanhã chega a Lisboa o Presidente da República Popular da China, numa visita histórica, que poderia, ou deveria, marcar uma viragem nas relações económicas com um dos "novos senhores do mundo".
Eu sei que a China viola os direitos humanos, tal como outros países com quem temos relações económicas e que, a maioria daqueles que mais clama contra a violação dos direitos humanos são os que têm relações económicas mais estreitas com o gigante da Ásia.
Por outro lado tenho uma vantagem, nunca fui simpatizante, nem militante do MRPP, nem sou do PCP, que entende ser a China um dos últimos baluartes do comunismo, apesar da adopção do conceito "dois sistemas um País" e o consumismo desenfreado, a par do capitalismo selvagem, dominar a super-estrutura do poder na China.
Por isso, esta visita poderia ser histórica se o Governo Português tivesse capacidade para convencer aquele País a comprar a nossa dívida soberana, com um juro simpático.
Esta operação, a acontecer, constituiria um abalo no mercado especulativo e ensinaria a Europa a pensar a União Europeia de outro modo, abrindo caminho a um novo paradigma em que a Alemanha e a França seriam obrigadas a pensar que se abria o caminho para uma nova ordem Mundial, caso persistissem em manter os seus interesses acima dos interesses dos seus parceiros europeus
Ao mesmo tempo, permitiria a Portugal ter a oportunidade para perceber que ou muda de vez, ou nem a China nos vale.

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