domingo, 2 de janeiro de 2011

A pobreza e a demagogia torpe

A CAIS, uma associação de apoio aos sem-abrigo, vai apresentar uma proposta aos partidos com assento parlamentar para que a pobreza seja ilegalizada.
Ao mesmo tempo, o candidato presidencial Cavaco Silva fala na pobreza, como se ela nunca tivesse existido em Portugal
Demagogia tem limites e não é assim que se vai lá. Os pobres acabam com a criação de riqueza, com o aumento da riqueza do País, com emprego, com desenvolvimento. Só assim se acaba com a pobreza.
A "ilegalização da pobreza" é uma medida ridícula, que cria ilusões, enganos e pode ser causadora de graves danos sociais.
Os autores desta proposta e os seus apoiantes, deveriam estar mais preocupados com a criação de emprego, a reabilitação urbana, que poderia permitir o aumento a oferta de casas, dignas, para se viver e o fim dos guetos, como Chelas, criados por uns "iluminados", que julgavam resolver alguns problemas empurrando os pobres para esses bairros.
A iniciativa da CAIS é um aborto jurídico, que só pode causar impacto porque vivemos numa sociedade hipócrita, sem capacidade para se regenerar e compreender que o verdadeiro problema de Portugal é a incapacidade para criar riqueza e para produzir.´
E esta responsabilidade é dos políticos - todos sem excepção - e do nosso povo, que herdou o que de pior os anos cinquenta nos deram: o miserabilismo, a inveja, a apologia da pobreza (lembram-se da "minha alegre casinha"), a ausência de valores e de vontade de produzir.
Incapacidade que está no nosso ADN, desde as descobertas, em que o reino viveu, faustosamente, da exploração das especiarias e da riqueza das conquistas em África e além-mar, sem se preocupar em desenvolver o País.

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