sexta-feira, 8 de julho de 2011

A propósito do corte de rating de Portugal


Nos últimos dias temos assistido a uma histeria por causa do corte de rating de Portugal e a algumas inverdades.

Convém esclarecer que o rating de Portugal não foi cortado para o nível lixo, mas sim para o nível especulativo.

Vejamos a escala:
Nível investment grade: AAA, AA, A, BBB
Nivel speculative grade: BB, B, CCC, CC, C
Lixo (junk); D

O rating de Portugal foi cortado para Ba2, significa que "existe alta vulnerabilidade ao risco de incumprimento, particularmente na presença de condições económicas adversas. Todavia, existe flexibilidade suficiente para honrar os compromissos financeiros."
 
O que aconteceu foi que Portugal passou de nivel "investment" para nível"especulativo", o que lhe dificulta a captação de fundos a médio e longo prazo.
Mas lixo? Valha-me Deus...

 Confesso que não consigo perceber toda a histeria que se criou em torno desta situação, a  não ser que seja para esconder outras coisas!!!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Estanhos conceitos de ajuda circulam na Europa

A crise economica e financeira que afecta a Europa levou à necessidade de resgate de alguns países em dificuldades ( Grécia, Irlanda e Portugal). Até há pouco tempo essa era uma competência do FMI, organismo com larga experiência nessa matéria.

Recentemente, os eurocratas, decidiram criar uma criatura chamada "Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF)". Mecanismo semelhante ao FMI que teria como função ajudar e resgatar os países europeus em dificuldades. Assim, os eurocratas, davam a imagem de que a Europa possuia um mecanismo à altura para solucionar os seus problemas.

Ora se a função do FEEF é ajudar os países em dificuldades, não se percebe que cobre juros muito superiores aos do FMI, juros esses que penalizam ainda mais os países em dificuldades.

 Nós Por Cá, interrogamo-nos : Qual terá sido a parte do ajudar os países em dificuldades  que os Eurocratas não perceberam?!!!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Os "vinte e dois magníficos"

O FVN chama aos cabeça de lista do PSD às legislativas "os vinte e dois magníficos". Não coloco em causa que sejam magníficos. Apenas estou expectante quanto à opinião, soberana, dos eleitores portugueses.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A propósito da Agências de Rating


Nos últimos tempos temos assistido, por parte de algumas pessoas, a um discurso contra as Agências de Rating. Convém, por isso, esclarecer algumas dúvidas que por aí pairam em certos espíritos.

As Agências de Rating não foram criadas há meia dúzia de dias num qualquer sotão de Algés, foram criadas com o Comité de Basileia, pelos estados(países) que lhe atribuíram as respectivas competências.

E o que é que elas fazem: avaliam  o nível de risco de um determinado devedor.
E como o fazem:  com base nos riscos políticos e económicos.  
O Risco económico refere-se à capacidade de saldar as dívidas atempadamente; 
O Risco Político abrange a estabilidade e legitimidade das instituições políticas.
A qualidade de um Governo enquanto devedor assenta na sua base económica. A estrutura económica, a demografia, a riqueza, e as perspectivas de crescimento económico  desempenham um papel fulcral na análise da qualidade do crédito.

Como variável central na análise financeira temos a performance orçamental. Especial atenção é prestada ás seguintes variáveis: Estimativas sobre evolução das receitas; controlo da despesa; planeamento financeiro de longo prazo; gestão da dívida e à existência de planos de emergência. É igualmente importantes para esta análise, o total da dívida em relação ao tamanho da economia e da população, bem como a estrutura do endividamento governamental e das fontes de financiamento.

E Nós Por Cá que não percebemos nada disto perguntamos: Porque é que não vemos a Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia, etc, nada preocupadas com as Agências de Rating, nem as Agências e Rating nada preocupadas com esses países???



terça-feira, 29 de março de 2011

Onde estava Lula da Silva em 1982

O ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, decidiu nesta sua viagem a Portugal criticar o FMI dizendo que o mesmo não resolverá o problema de Portugal, como não resolveu o do Brasil, como não resolveu outros problemas.
É caso para perguntar onde estava Lula da Silva em 1982” aquando da crise da dívida externa da América Latina.
Nessa altura, o FMI ganha uma nova vida, não na lógica de garantia da estabilidade cambial, mas enquanto tábua de salvação, última oportunidade para os países da América Latina (Brasil incluído) que não conseguiam dinheiro em lado algum. 
Memória Lula da Silva, memória...

terça-feira, 15 de março de 2011

Pontes para o Bloco Central, quem as fará?

O ex-presidente do PSD (Marcelo Rebelo de Sousa) defendeu hoje ser "inevitável" o entendimento entre PS e PSD, "durante um período considerável", num "acordo de regime muito mais amplo" a nível político, económico e social.
Talvez tenha razão e talvez não tenha, uma vez que, depois da manifestação da geração "à rasca", com a qual o PSD delirou, a contestação social, mesmo num governo de bloco central, vai subir de tom, sem que o PSD possa demarcar-se, com dignidade, do apoio implícito à dita manifestação.
De qualquer modo, a solução gizada nunca poderá ter como actores principais José Sócrates ou Passos Coelho, necessitando de figuras de consenso que façam as pontes. Resta saber quem serão essas figuras de um e de outro lado.